terça-feira, 6 de julho de 2010

DEU MILAR NO BENTO FREITAS

**Da Assessoria
Irmão do eterno ídolo Xavante marca aos 47 do segundo tempo e dá a vitória ao rubro-negro no amistoso contra os compatriotas dele
A tarde deste domingo foi inesquecível para os Xavantes que foram até o estádio Bento Freitas conferir o amistoso do Brasil contra o Racing. Não somente pela vitória do rubro-negro sobre os uruguaios, mas pelo modo como ela foi construída. Depois de sair vencendo e ceder o empate, o time da Baixada fez os hermanos provarem do próprio veneno, marcando um gol com o também uruguaio Bruno Milar, no último lance da partida, que levou a torcida ao delírio.
O JOGO
O Brasil começou pressionando desde o primeiro minuto de jogo. O meia Dudu, com um chute cruzado de dentro da área, levou perigo à defensiva do Racing, que se safou com uma boa intervenção do goleiro Jorge Contreras.
Mas era apenas um alerta para o que viria pouco tempo depois. Na cobrança de escanteio, a defesa uruguaia afastou parcialmente, Moscatelli pegou o rebote e fuzilou para o gol. Os zagueiros cortaram novamente, aí foi a vez de Rodrigo Dantas aproveitar a sobra na risca da pequena área. Um chute à queima-roupa, que o goleiro parou com uma defesa sensacional. Só que depois de tudo isso, ainda tinha o zagueiro Amarildo, esperto para pegar o terceiro rebote seguido e mandar um canudo para o fundo da rede.

A vantagem no placar não diminui em nada o ritmo do time Xavante, que continuou apertando o adversário hermano. Na marca dos 26 minutos, Rodrigo Dantas recebeu lançamento dentro da área, matou no peito, bateu de virada e por pouco não fez um golaço.

Mesmo com o domínio rubro-negro, o Racing mantinha uma pegada forte e quase empatou com uma cabeçada de Gonzalo, aos 35. Já quase no fim da primeira etapa a equipe de Montevidéu teve uma falta frontal a favor. Quiñonez foi para a cobrança, acertou um chutaço no ângulo e deixou tudo igual do duelo internacional.
No segundo tempo a partida ficou mais truncada, prevaleceu a marcação forte dos dois lados e foram poucas as chances de gol. Uma das melhores oportunidades aconteceu logo no início, e foi para o time da casa. Márcio Hahn fez um lançamento primoroso para Sidnei, que ficou frente a frente com o goleiro, mas foi travado, por trás, na hora do arremate.
Depois do lance o jogo seguiu um pouco morno, mas no último minuto tudo mudou de figura. Parecia até que todo aquele tempo sem muita vibração tinha sido estrategicamente forçado para os torcedores Xavantes pudessem acumular o estoque necessário de emoções para extravasar no final.

Tudo aconteceu aos 47 minutos do segundo tempo. Após cruzamento de Cléber Gaúcho e bate-rebate da bola dentro da área, o jovem atacante Bruno Milar fez, de cabeça, o gol que deu a vitória ao Brasil.
Talvez sentindo uma sensação de ‘deja vu’, a torcida rubro-negra enlouqueceu na hora da comemoração e gritou sem parar o sobrenome mais famoso que circulou pela Baixada nos últimos anos. Fazendo menção ao eterno ídolo Cláudio Milar, e, ao mesmo tempo, reverenciando o irmão mais novo dele, que tinha acabado de fazer o primeiro gol com a camisa Xavante e, assim como a massa das arquibancadas, também não conseguiu segurar o sentimento ao ver a rede balançando.–
É muita emoção, eu nem consigo falar direito. Estão passando muitas coisas pela minha cabeça. O que o meu irmão fez aqui é muito grande, a torcida tem que gritar o nome dele sempre, e esse gol vai para ele, lá em cima – disse Bruno, enquanto tentava conter as lágrimas, logo após o apito final.
FICHA TÉCNICA
Amistoso | Dom, 04/07/10, 15h30
GE BRASIL 2 X 1 RACING
Estádio:
Bento Freitas
GE BRASIL:
Luis Müller; Raulen, Amarildo, Renato e Batata; Mácio Hahn, Moscatelli (Bruno Milar), Dudu (Paulo Renato) e Sidnei (Cléber Gaúcho); Cláudio (Marques) e Rodrigo Dantas (Gleisson). Téc.: Fahel Júnior
RACING:
Jorge Contreras (Martin Gonzales); Brasesco (Lacoste), Gonzalo (Velasquez), Tejera (Hernandez) e Matias Abero; Veja, Dudok, Barrientos (Gamarra) e Aprile (Tomas Charles); Quiñones (Larrossa) e Seaone (Rielo). Téc.: Álvaro Regueira
ARBITRAGEM:
Eduardo Maia, auxiliado por Cláudio Gonçalves e Tiago Clasen. Cartões amarelos: Moscatelli e Bruno Milar (GE Brasil). Tejera e Velasquez (Racing). Texto/Leonardo Crizel-Foto/Carlos Insaurriaga-Ass.G.E.Brasil

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