quarta-feira, 14 de julho de 2010

CORREÇÕES

A dupla BRA-PEL está a poucos dias da estréia no Brasileirão, e ambas as equipes necessitam de correções por parte dos seus treinadores. Pelotas e Brasil se completariam se unissem forças, por que?
O time de Fahel Jr leva uma pequena vantagem em relação aos comandados de Beto Almeida. O Brasil, neste momento, é uma equipe mais compacta, mais entrosada.
BRASIL
No setor defensivo Amarildo vem se destacando e já disponta como unanimidade na zaga rubro negra, entre torcedores e a crônica esportiva. Embora as falhas apresentadas no último amistoso, contra o Marcílio Dias/SC, a parceria com Renato está bem sincronizada, e teve um retrospecto equilibrado nos amistosos.
No setor de meio campo Fahel Jr armou uma equipe de sáida rápida com passes qualificados com Marcelo Moscatelli atuando como segundo volante ao lado de Márcio Hahn, jogador diferenciado na posição. Dudu, embora a boa movimentação, e Sidnei ainda não corresponderam as espectativas, mas não comprometem. Ricardinho, apesar de estar sem rítmo de jogo, e ainda sem sua condição física ideal, pelos poucos minutos em que atuou contra os catarinenses mostrou que é um jogador diferênciado, aquele meia que a muito tempo esperamos ver no futebol pelotense, criativo, inteligente, de toque refinado.
Nas laterais, Raulen tem se destacado pela individualidade no lado direito. Pela esquerda o improvisado Batata não compromete.
O problema está no ataque. Está faltando o joador "que coloca ela para dentro", como se diz na gíria da bola, um camisa nove (9) matador. Fahel Jr tem boas opções, Rodrigo Dantas e Claudio, que marcaram um (1) gol cada durante os amistosos, largaram na frente na briga pela titularidade, mas lesionados deram espaço para Marques , atacante de melhor retrospecto nos amistosos, embora ainda não tenha marcado, deve ser o titular. Paulo Renato, que é outro jogador em relação aquele da segundona, mais participativo e interessado no jogo, parece ter a confiança no treinador e aparece como boa opção ofensiva, marcou duas (2) vezes nos amistosos. Cleberson e os jovens Gleison e Bruno Milar, correm por fora.Bons atacantes, mas que até agora não mostraram ter voação de artilheiro, é o principal problema do Brasil.
PELOTAS
Na Boca do Lobo, a situação parece um pouquinho mais complicada. Beto Almeida parece ter o mesmo problema do Gauchão, o setor de meio campo.
Na linha defensiva Jonas vai se firmando, e Uilian vai ganhando a posição de Ademir, que retorna de lesão, mas é mais lento que seu concorrente. Jonathan tem feito o feijão com arroz, sem comprometer, em forma João Rodrigo é titular, tem mais qualidade no apoio, na esquerda Cristiano é o dono da posição.
No meio campo, Jardel é a única certeza. Dinho alternou boas e más atuações nos amistosos. Carlos Eduardo também, e não é tão bom marcador como seus dois companheiros e Daril, por exemplo. Na criação Sandro Costa ainda não teve uma grande atuação, o jogador me lembra o Paulo Renato da Segundona, pelo G.E.Brasil, jogador de técnica interessante, mas descompromissado. A tentativa de parceria com Maicon Sapucaia em primeiro momento não surtiu o efeito esperado, se continuar assim, mais uma vez, Sapucaia ficará sozinho na armação das jogadas, além do mais Maicon precisa melhor sua condição física.
No ataque sem problemas, boas e variadas opções. Velocidade com Tiago Duarte e Clodoaldo, referência com Maurício e Sandro Sotilli. Além , é claro, de Christian, que se conseguir atingir uma boa forma física, com certeza fará a diferença.
Ao contrário do Brasil o Pelotas tem um definidor, aquele jogador com faro de gol. Por outro lado, o Brasil tem um pensador, aquele que cria as jogados. No entanto os erros apresentados nesta temporada de preparação são perfeitamente possíveis de correção. Espero que já na estréia Pelotas e Brasil apresentem melhoras.

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